quinta-feira, 8 de março de 2012

Pelo mundo: a Quaresma e Jerusalém



A Quaresma, período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo - a ressurreição de Cristo - comemorada no Domingo de Páscoa, que neste ano acontece dia 08/04.

Mas, o que de fato é a Quaresma e o que ela tem a ver com Jerusalém? 



Segundo explicações da Comunidade Católica Canção Nova, o tempo quaresmal é o tempo litúrgico de conversão estabelecido pela Igreja, para que nos preparemos para a grande festa da Páscoa. É um tempo designado ao cristão para refletir, arrepender-se sobre os erros e pecados cometidos e mudar em si aspectos que precisam ser melhorados, a fim de se aproximar de Cristo e se reconciliar com o próximo, tornando-se um ser humano melhor.




A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas (22/02/2012) e termina no Domingo de Ramos (01/04/2012), também conhecido como Domingo da Paixão. O último dia da Quaresma celebra a entrada de Jesus em Jerusalém, que entrou montado em um jumento e foi saudado pela população da cidade com folhas de palmeira.



E já que citamos Jerusalém, que tal conhecer um pouco dessa cidade tão especial para os cristãos, os judeus e também aos muçulmanos?

A cidade sagrada para as três principais religiões monoteístas do mundo pode criar um efeito que já foi diagnosticado pela psiquiatria: a Síndrome de Jerusalém, que faz com que alguns visitantes subitamente passem a agir, de forma psicótica, como se tivessem uma missão divina. 

Para alívio de todos, entretanto, na grande maioria dos casos os turistas tendem apenas a ficarem atônitos diante da beleza e riqueza cultural e histórica da cidade - afinal de contas, são cerca de quatro mil anos de existência!


Existem duas "Jerusaléns" dentro da mesma cidade: a "Cidade Velha", cercada por muralhas, e a "Cidade Nova", que representa toda a parte de fora. 







Ocupando uma área de apenas um quilômetro quadrado, a Cidade Velha é dividida em quatro bairros: o bairro Judaico, o Muçulmano, o Cristão e o bairro Armênio. No limite entre os bairros Judaico e Muçulmano ficam o Muro das Lamentações e a Mesquita do Domo, respectivamente considerados os lugares mais sagrados para essas religiões.



O local mais santo para o Cristianismo é a Via Sacra, o caminho que acredita-se ter sido o que Jesus percorreu com a cruz. A Via Sacra, que tem 14 estações, ou seja, lugares do trajeto pontuados pela Bíblia, tem início na Capela da Flagelação e termina no Santo Sepulcro. 

Declarada capital apenas em 1950 e com quase 800 mil habitantes (quase 10% da população do país, Israel), além da incrível bagagem histórica, Jerusalém também é conhecida por seus aspectos tecnológicos modernos. A cidade conta com alguns dos museus mais avançados do mundo, como por exemplo o obrigatório Yad Vashem ou Museu do Holocausto, e o Museu de Israel.


Igreja do Santo Sepulcro - décima quarta e última estação da Via Sacra, a Igreja do Santo Sepulcro é considerada a Igreja mais sagrada para o Cristianismo, e foi construída sobre o que se acredita ser o local bíblico do Calvário de Jesus, onde ele teria sido crucificado, morreu e ressuscitou. Quem decidiu construir a igreja foi Helena, mãe do Imperador Constantino, em 300 d.C.
Via Sacra - é o caminho que acredita-se ter sido feito por Jesus em seus momentos finais, antes da crucificação. É pontuado por 14 estações, que configuram a reprodução dessa caminhada. A primeira estação fica bem próxima à Capela da Flagelação, e a última é a Igreja do Santo Sepulcro. Os franciscanos costumam fazer uma procissão carregando cruzes.
Muro das Lamentações - é uma faixa de 55 metros de comprimento que restou do antigo muro de sustentação do lado oeste do Monte do Templo, sobre o qual ficava o Templo de Salomão ou Segundo Templo, destruído em 68 d.C. pelos romanos. Desde então, o Kotel HaMa'aravi, como é chamado em hebraico, passou a ser o local mais sagrado do mundo para os judeus. Diariamente e durante todo o dia e noite é possível encontrar o muro cheio de gente. Eles rezam, choram e escrevem pedidos em bilhetes de papel, que são cuidadosamente colocados entre as frestas das pedras.
Túnel do Muro das Lamentações - à esquerda do Muro é possível observar uma bilheteria. É lá a entrada para uma das mais fascinantes e controversas atrações da Cidade Velha: as escavações arqueológicas do Muro. Durante 20 anos, arqueólogos trabalharam abrindo esse túnel que atravessa o subsolo do bairro muçulmano. Lá embaixo, o Muro continua por cerca de 300 metros, descendo o suficiente para chegar a uma rua da época do famigerado Rei Herodes.
As muralhas da cidade - as que existem hoje são "modernas" para os padrões de Jerusalém. Erguidas no século 16, são um passeio pouco divulgado mas ainda assim incrível. Ao entrar na Cidade Velha pelo Jaffa Gate, à esquerda é possível subir uma escada e rodar metade da cidade por cima das muralhas, acabando no Lions Gate, antes da Mesquita do Domo da Rocha.
Os portões - cada um deles leva a um microcosmo bastante particular. O Dung Gate é o caminho direto para o Muro das Lamentações; a Porta de Damasco leva ao coração da Jerusalém palestina. Foi pelo Portão de Herodes, que fica ao lado, que os cruzados entraram, em 1099. E foi passando pelo Lions Gate que o exército israelense tomou a cidade, em 1967.
Monte do Templo ou Haram ash Sharif - o monte onde ficava o Templo de Salomão, destruído pelos romanos, é o terceiro ponto mais importante de peregrinação para os muçulmanos (atrás de Mecca e Medina). Dentro do complexo estão as mesquitas do Domo da Rocha, com sua cúpula dourada, e El-Aqsa, com a cúpula prateada.
Igreja de São João Batista - a mais antiga da cidade, fica escondida pelas casas do Quarteirão Cristão, da metade do século cinco.
Torre de David - a cidadela data do século 1, quando serviu de palácio para Herodes. O lugar passou por tantas mãos que, na vez dos bizantinos, foi confundido com o Palácio do Rei David, daí o nome, que faz referência ao minarete onde hoje funciona um museu que conta toda a história de Jerusalém. 


Arredores da Cidade Velha
Encostados nas muralhas, porém fora delas, estão o Monte Sião, o Monte das Oliveiras e o Vale de Kidron, com alguns dos mais importantes locais para o Cristianismo e também para quem ama história e arqueologia. 


No Monte Sião: a Sala da Última Ceia - também conhecido como Cenáculo, acredita-se que foi esse o local da Santa Ceia. O prédio original deu lugar à primeira Igreja Cristã da cidade, destruída e reconstruída diversas vezes, sendo que o prédio atual é da época dos Cruzados. O lugar já foi até uma mesquita, na época dos turcos.
Igreja e Monastério da Dormição - cuidada pelos beneditinos, foram construídos no local onde a Virgem Maria teria morrido.

Tumba do Rei David - é assunto controverso que o rei judeu tenha sido de fato enterrado neste lugar, mas este sempre foi um importante ponto de peregrinação judaica, especialmente antes de 1967, quando a cidade estava sob domínio jordaniano e esse era, portanto, o mais perto da Cidade Velha que os judeus tinham permissão para entrar.
Monte das Oliveiras - para os judeus, é onde o Messias retornará no dia do Julgamento. Para os Cristãos, é o local de onde Jesus subiu aos céus e, portanto, um dos pontos mais importantes para a Igreja.
Uma delas é a Igreja de Todas as Nações, versão moderna num local onde são construídas igrejas desde o século quatro.
Ao lado dela está o Getsêmani, o jardim onde Jesus foi preso. Algumas das oliveiras ali plantadas têm 2 mil anos, fato esse comprovado cientificamente.
Outro ponto interessante da mesma região é a Tumba da Virgem Maria, cuja estrutura atual data do século 12.
Vale do Kidron - é a parte mais antiga de toda a Jerusalém. É aqui a Cidade de David, o povoado cananeu conquistado pelo rei David há mais de três mil anos (os primeiros sinais da cidade fortificada são de quatro mil anos atrás, época do patriarca Abraão).
Ali também fica o Túnel de Hezekiah, a tubulação construída em 700 a.C., para levar água das fontes de Gihon para as piscinas de Shiloé. Os visitantes, munidos de lanternas, podem percorrer seus 500 metros com água, que muitas vezes chega até o joelho.

Informações e serviços:
  • Site de turismo do país: www.goisrael.com
  • Site de turismo da cidade: www.gojerusalem.com
  • Idioma: hebraico e árabe
  • Fuso horário: 5h a mais em relação à Brasília
  • Moeda: Novo Shekel (NIS), que se divide em cêntimos, as agurot. 

Fonte de pesquisas e informações: UOL Viagens

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